Adriano Mineirinho no WQS Trestles do ano passado (Foto: Divulgação / ASP)
Kelly Slater, decacampeão mundial, é a exceção. Não competiu em Trestles no ano passado, mas vai em busca de pontos a mais. Aproveitou que já teria de ir à Califórnia: vai dar uma palestra em um seminário em que um dos participantes é Dalai Lama.Para Mineirinho, a presença de tops é o lado bom de disputar primes. Mas a correria...
- Para a gente é horrível. Nós não temos tempo nem para treinar direito. Se a gente não competir, cai no ranking. Por outro lado, é como se fosse uma etapa do WT que vai acontecer aqui. Não tenho do que reclamar, mas encaixaram em datas apertadas - disse Mineirinho, em entrevista no Twitter.
A confusão se dá porque o surfe agora tem dois rankings: o mundial - exclusivamente para apontar o campeão mundial - e o unificado - que define os 32 surfistas que seguem na elite. Neste, os surfistas contam os oito melhores resultados dos últimos 12 meses. Slater lidera o primeiro com 15.200 pontos, e o segundo com 69.000. Mineirinho é o quarto do mundial, com 10.500, e 11º no unificado, com 34.213. O 32º hoje é o havaiano Fred Patacchia, com 17.003.
A maratona é mais difícil até setembro. Depois da etapa do WT em Nova York, os 32 primeiros do ranking unificado vão disputar as etapas restantes da temporada. Quem estiver abaixo, estará fora. O novo corte será depois do Pipeline Masters, etapa que fecha o calendário. O carioca Raoni Monteiro, em 40º no unificado e 32º no mundial, é um dos que correm bastante risco.
Mineirinho tem 3.657 pontos a defender pelas semifinais em Trestles - morto no ano passado, o havaiano Andy Irons parou na mesma fase, ao perder para o americano Gabe Kling, campeão da etapa. Heitor defende 2.742 - está em 22º no unificado. A única saída para não ter que disputar WQS é se dar - muito - bem nas etapas do Circuito Mundial.
- Se me der bem na etapa do Brasil vou abdicar de vários, mas tenho que ir bem - disse Mineirinho.
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