Tom Curren veio ao Brasil para disputar o Master (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
Tom Curren surgiu sob a sombra do pai, o big rider Pat. Remou rapidamente na direção de sua própria carreira, conquistou três títulos mundiais (1985, 1986 e 1990), se tornou ídolo dos que hoje são ídolos. Tudo o que não quer é pressionar os filhos. Sonha vê-los viajando, fazendo amigos ao redor do mundo e trabalhando no que escolherem. O que mais odeia? Decepções.
- Não tive muitas, por sorte.
Curren fala pouco e devagar (Foto: Alexandre Durão
Eles estão competindo?Estão surfando bastante. É legal. Disputaram alguns campeonatos no ano passado. A temporada começou agora, temos que planejar os eventos que iremos, ainda estamos vendo.
Como é fazer uma viagem de surfe com os seus filhos?É muito divertido. Eles estão sempre muito ansiosos para surfar. Às vezes eu quero surfar, mas outras vezes...sabe como é... Aí eles falam: “Vamos, pai!”. Fui para a Indonésia no mês passado com o menor. Foi divertido. Pegamos ótimas ondas. Acho que vamos para o US Open semana que vem, a duas horas de casa. Depois eles vão começar as aulas, talvez iremos a um Pro Júnior na costa leste em setembro.
Alguns surfistas que competiram com você hoje treinam os filhos, como o Michael Ho (pai de Coco e Mason Ho). Você também é o treinador dos seus filhos?
Eu sou um pouco o treinador deles, mas eles começaram a treinar com um técnico de verdade agora. Vão começar a trabalhar não só a parte física, mas mental também. Mais do nunca, penso que eles são meninos, precisam se divertir. Muito em breve eles vão começar a trabalhar mais, em tudo. Têm que se dedicar mais na escola, nas competições. Talvez até arrumar um emprego enquanto não souberem o que querem fazer.
Esposa e filhos na última vinda ao Brasil (Rip Curl)
Fico orgulhoso. Eles surfam porque querem, não têm pressão minha. Eles têm que achar os motivos deles para surfar.
A melhor de todas as viagens da família?
Essa da Indonésia agora foi boa, no Havaí é legal, quando todo mundo está junto. Reunir todo mundo é difícil, pois cada hora um está em um lugar. Gostaria de fazer mais viagens assim. Talvez a melhor tenha sido na Califórnia mesmo, no último inverno (no hemisfério norte), quando todos estavam juntos. No ano passado estivemos juntos na Gold Coast.
Fale sobre seu outro filho, Nathan.
Ele está com 19 anos, vai começar a estudar em uma escola de cinema em Nova York, a escola de artes visuais. Está tentando. Ele está morando lá há três meses.
Tom, Lee-Ann, Coco e Michael Ho (Foto:divulgação)
É um pouco difícil, mas nós nos vemos em lugares diferentes. Ela vai à Califórnia algumas vezes. A última vez que a vi foi na Austrália. Ela teve um problema no joelho, mas está melhor agora.
Você chegou a ver o documentário que ela fez para ajudar as crianças da favela do Titanzinho, em Fortaleza? (veja aqui)
Vi. Achei muito bom. Estou orgulhoso de ela estar num projeto desse.
Se você pudesse escolher, o que escolheria para o futuro dos seus filhos?Que viajem bastante. Viajar é muito importante, descobrir novos lugares e ter amigos em todo o mundo. Sonho que eles façam algo que realmente amem e que consigam construir uma carreira nisso, não importa o que seja.
Ainda há algum lugar no mundo que você sonha conhecer?
Talvez Cuba e Índia. Gostaria... Nunca fui a esses lugares
Como Curren é um homem de poucas palavras, pedimos para ele resumir com uma ou duas palavras alguns dos temas:
Família? Treino
Surfe? Praia
Amigos? Feliz
Competição? Camiseta de lycra
Kelly Slater? (um avião sobrevoou o local no momento) Voando
Carissa Moore? Jovem
Brasil? Grande
Perfeição? Dois. O número dois
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